Sentidos de ser mulher cuidadora de um familiar com transtorno mental grave na região Amazônica

Dayane Fernandes Ferreira, Neli Machado de Souza Ahnerth, Eraldo Carlos Batista

Resumo


Neste estudo objetivou-se compreender os sentidos produzidos sobre o papel de cuidadora de um familiar em sofrimento mental grave. Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada com seis mulheres de um município do interior de Rondônia. As informações foram obtidas através de entrevistas semiestruturadas e analisadas por meio da técnica de Análise do Discurso sob a perspectiva do construcionismo social. Das entrevistas emergiram os seguintes repertórios interpretativos: a) a construção social do cuidado como função feminina; b) a sobrecarga familiar da mulher cuidadora; e c) a fé como fonte de alívio do sofrimento. Os resultados mostraram que, ao assumir o papel de cuidadora do familiar em tratamento psiquiátrico, a mulher deixa de exercer suas atividades profissionais, abdica da vida social e convive diariamente com uma sobrecarga física e emocional. Mesmo após a evolução dos papéis sociais exercidos por homens e mulheres, as estratégias de cuidado continuam a fundamentar-se na figura feminina.


Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.




ISSN: 1981-1330