Programa ACT: Aprendizagens de Mães sobre suas Práticas Parentais e o Comportamento Infantil

Luciane - Guisso, Maria Aparecida Crepaldi, Mauro Luís Vieira

Resumo


O objetivo do presente estudo foi caracterizar as aprendizagens de mães, concluintes do Programa ACT, em relação a suas práticas parentais, envolvimento materno e comportamento dos filhos. Participaram do estudo sete mães de crianças com idade de dois a oito anos. Após a conclusão dos oito encontros do Programa ACT, as participantes foram convidadas para participar de um grupo focal. Perguntas guiadoras foram utilizadas para disparar a discussão que foi gravada em áudio e vídeo. O encontro foi transcrito e organizado em categorias temáticas. Foram organizadas quatro categorias temáticas: i) Busca pelo Programa ACT; ii) Contribuições do Programa ACT para a parentalidade; iii) Envolvimento Materno; iv) Importância da interação do grupo no Programa ACT.  As mães destacaram que o Programa ACT possibilitou a aquisição de conhecimentos sobre práticas parentais e comportamento infantil, facilitando o envolvimento com os filhos, além de ter sido um espaço grupal de escuta e apoio sobre às angústias vividas na maternidade.


Palavras-chave


práticas parentais, envolvimento parental, comportamento infantil.

Texto completo:

PDF POR PDF ING

Referências


Alvarenga, P., Malhado, S. C. B., & Lins, T. C. S. (2014). O impacto da responsividade materna aos oito meses da criança sobre as práticas de socialização maternas aos 18 meses. Estudos de Psicologia, 19(4), 305-314. Doi: 10.1590/S1413-294X2014000400008

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Boonk, L., Gijselaers, H. J. M., Ritzen, H., & Brand-gruwel, S (2018). A review of the relationship between parental involvement indicators and academic achieve- ment. Educational Research Review, 24, 10–30. doi: 10.1016/j.edurev. 2018.02.001

Bossardi, C. N., Gomes, L., Vieira, M. L. & Crepaldi, M. A. (2013). Engajamento paterno no cuidado a crianças de 4 a 6 anos. Psicologia Argumento, 31(73), 237-246. doi: 10.7213/rpa.v31i73.20267

Carrillo, S., Bermudez, M., Suarez, L., Gutierrez, M. C., & Delgado, X. (2016). Father’s perceptions of their role and involvement in the family: A qualitative study in a Colombian sample. Revista Costarricense de Psicologia, 35, 101–118.

Coe, C., Dallosa, R., Stendmona, J., & Rydin-Orsinb, T. (2021). Exploring fathers’ experiences of fatherhood through an attachment lens. Early child Development and care, 191(11), 1776-1791. doi: 10.1080/03004430.2019.1677631

Craig, L., & Mullan, K. (2010). Parenthood, gender and work-family time in the United States, Australia, Italy, France, and Denmark. Journal of Marriage and Family, 72, 1344– 1361.

Criss, M. M., Morris, A. S., Ponce-Garcia, E., Cui, L., & Silk, J. S. (2016). Pathways to adaptive emotion regulation among adolescents from low-income families. Family Relations, 65, 517–529. doi: 10.1111/fare.12202

Fagundes, A. J. F. M. (1999). Descrição, definição e registro de comportamento (12ª ed.). São Paulo: Edicon.

Garcia, C. F. & Viecili, J. (2018). Implicações do retorno ao trabalho após licença-maternidade na rotina e no trabalho da mulher. Fractal: Revista de psicologia, 30(2), 271-280. doi:10.22409/1984-0292/v30i2/5541

Homem, T. C., Gaspar, M. F., Seabra-Santos, M. J., Canavarro, M. C. & Azevedo, A. F. (2014). A Pilot Study with the Incredible Years Parenting Training: Does it Work for Fathers of Preschoolers with Oppositional Behavior Symptoms? Fathering, 12(3), 262-282. doi: 10.3149/fth.1203.262

Kerr, D. C. R., Capaldi, D. M., Pears, K. C. & Owen, L. D. (2009). A prospective three generational study of fathers’ constructive parenting: Influences from family of origin, adolescent adjustment, and offspring temperament. Developmental Psychology, 45, 1257-1275. doi: 10.1037/a0015863

Kirby, J. N. & Sanders, M. R. (2012). Using consumer input to tailor evidence-based parenting interventions to the needs of grandparents. Journal of Child and Family Studies, 21, 626–636. doi: 10.1007/s10826-011-9514-8

Knox, M. & Burkhart, K. (2014). A multi-site study of the ACT Raising Safe Kids program: Predictors of outcomes and attrition. Children and Youth Services Review, 39, 20–24. doi: 10.1016/j.childyouth.2014.01.006

Lima, J. A., Serôndio, R. G. & Cruz, O. (2011). Pais responsáveis, filhos satisfeitos: As responsabilidades paternas no quotidiano das crianças em idade escolar. Revista Análise Psicológica, 29(4), 567-578. doi: 10.14417/ap.104

Malta, D. C., Mascarenhas, M. D. M., Bernal, R. T. I., Viegas, A. P. B., Sá, N. N. B. & Silva Junior, J. B. (2012). Acidentes e violência na infância: evidências do inquérito sobre atendimentos de emergência por causas externas – Brasil, 2009. Ciência & Saúde Coletiva, 17(9) 2247-2258. doi: 10.1590/S1413-81232012000900007

Marin, A. H., Martins, G. D. F., Freitas, A. P. C., Silva, I. M., Lopes, R. C. S. & Piccinini, C. A. (2013). Transmissão Intergeracional de Práticas Educativas Parentais: Evidências Empíricas. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 29(2), 123-132. doi: 10.1590/S0102-37722013000200001

Milkie, M. A., Bowling, K. M. N. & Denny, K. E. (2015). Does the Amount of Time Mothers Spend With Children or Adolescents Matter? Journal of Marriage and Family, 77, 355–372. doi: 10.1111/jomf.12170

Paquette, D., Bolté, C., Turcotte, G., Dubeaud, D. & Bouchard, C. (2000). A new typology of fathering: defining and associated variables. Infant and Child Development, 9(1), 13–230. doi: 10.1002/1522-7219(200012)9:4<213::AID-ICD233>3.0.CO;2-0

Porter, B. & Howe, T. (2008). Pilot Evaluation of the “ACT Parents Raising Safe Kids” Violence Prevention Program. Journal of Child & Adolescent Trauma, 193-206. doi: 10.1080/19361520802279158

Portwood, S. G., Lambert, R. G., Abrams, L. P. & Nelson, E. B. (2011). An evaluation of the Adults and Children Together (ACT) Against Violence Parents Raising Safe Kids program. Journal of Primary Prevention, 32(3–4), 147–160. doi: 10.1007/s10935-011-0249-5

Power, T. G., Beck, A., Garcia, K. S., Aguilar, N. D., Hopwood, V., Ramos, G., Guerrero, Y. O., Fisher, J. O., O´Connor, T. M., & Hughes, S. (2020). Low-Income Latina Mothers’ Scaffolding of Preschoolers’ Behavior in A Stressful Situation and Children’s Self-Regulation: A Longitudinal Study. Parenting, 1-27. doi: 10.1080/15295192.2020.1820835

Russo, M. C., Rebessi, I. P., & Neufeld, C. B. (2021). Parental training in groups: a brief health promotion program. Trends Psychiatry Psychother, 43(1) – 72-80.

Sanders, M. R., Ralph, A., Sofronoff, K., Gardiner, P., Thompson, R., Dwyer, S., & Bidwell, K. (2008). Every family: A population approach to reducing behavioral and emotional problems in children making the transition to school. The Journal of Primary Prevention, 29(3), 197–222. doi: 10.1007/s10935-008-0139-7

Santini, P. M. & Williams, L. C. (2016). Parenting programs to prevent corporal punishment: A systematic review. Paidéia, 26(63), 121–129. doi: 10.1590/1982-43272663201614

Schofield, T. J., Conger, R. D., & Conger, K. J. (2017). Disrupting intergenerational continuity in harsh parenting: Self-control and a supportive partner. Development and Psychopathology, 29, 1279-1287. doi:10.1017/S0954579416001309

Silva, J. (2009). Programa ACT para Educar Crianças em Ambientes Seguros, Manual do Facilitador e Guia de Avaliação. Washington, DC: American Psychological Association.

Silva, J. A. & Williams, L. C. A. (2016). Um Estudo de Caso com o Programa Parental ACT para Educar Crianças em Ambientes Seguros. Temas em Psicologia, 24(2), 743-755. doi: 10.9788/TP2016.2-19Pt

Shah, S., & Lonergan, B. (2017). Frequency of postpartum depression and its association with breastfeeding: A cross‐sectional survey at immunization clinics in Islamabad, Pakistan. J. Pak. Medi. Assoc. 67(8), 1151–1156.

Schmidt, B., Gomes, L. B., Bossardi, C. N., Bolze, S. D. A., Vieira, M. L. & Crepaldi, M. A. (2019). Envolvimento parental e temperamento de crianças: uma revisão sistemática da literatura. Contextos clínicos, 12(1), 75-103. doi: 10.4013/ctc.2019.121.04

Stein, A., Pearson, R. M., Goodman, S. H., Rapa, E., Rahman, A., McCallum, M., Howard, L. M., & Pariante, C. M. (2014). Effects of perinatal mental disorders on the fetus and child. The Lancet, 384(9956), 1800–1819.

Trad, L. A. B. (2009). Grupos focais: conceitos, procedimentos e reflexões baseadas em experiências com o uso da técnica em pesquisas de saúde. Physis Revista de Saúde Coletiva, 19(3), 777-796. doi: 10.1590/S0103-73312009000300013

Wang, M., & Xing, X. (2014). Intergenerational transmission of parental corporal punishment in China: The moderating role of spouse’s corporal punishment. Journal of Family Violence, 29, 119-128. doi:10.1007/s10896-013-9574-1

Ziobrowski, H. N., Buka, S. L., Austin, S. B., Sullivan, A. J., Horton, N. J., Simone, M., & Field, A. E. (2020). Using latent class analysis to empirically classify maltreatment according to the developmental timing, duration, and co-occurrence of abuse types. Child Abuse & Neglect, 107, Article 104574.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.




ISSN: 1981-1330