Resposta reprodutiva de novilhas de corte aos dois e três anos de idade submetidas a diferentes protocolos para inseminação artificial em tempo fixo (IATF)

Carlos Santos Gottschall, Leonardo Rocha da Silva

Resumo


O presente trabalho teve por objetivo avaliar a resposta reprodutiva de novilhas de corte aos dois e três anos de idades, submetidas a dois protocolos para a IATF. As novilhas experimentais utilizadas foram representadas por animais que não apresentaram ou foram identificadas em estro após programa de sincronização de estro com PGF2α para inseminação artificial (IA) convencional. Os animais totalizaram 196 novilhas da raça Hereford e cruzas, com peso corporal e escore de condição corporal (ECC) médios de 307 kg e 2,8 (escala de 1 a 5). Os animais foram aleatoriamente divididos conforme o protocolo usado e em quatro grupos de acordo com as idades. Dois grupos foram submetidos ao protocolo OvSynch com bloqueio de progesterona (OVSYNCH+P4) por meio de um implante intravaginal de 1 grama previamente usado por duas vezes (3º uso), 30 animais de dois anos formaram o grupo OVS2A e 30 animais de três anos o grupo OVS3A. Outros dois grupos foram submetidos à aplicação muscular de E2 e PGF2α (PEPE) com inserçãode um implante intravaginal de P4 de 1 grama usado previamente uma vez (2º uso), 75 animais de dois anos formaram o grupo PEPE2A e 61 animais de três anos o grupo PEPE3A. Sete dias após a inseminação todas as novilhas foram submetidas ao repasse com touros por mais 48 dias. O diagnóstico de gestação foi realizado por palpação retal 40 dias após a inseminação e 60 dias após o repasse. As taxas de prenhez à IATF dos grupos OVS2A e OVS3A foram de 46,7% e prenhez final de 80% para ambos, sem diferença significativa (P>0,05). A taxa de prenhez à IATF e final do grupo PEPE2A foi respectivamente de 33,3% e 74,7%, e do grupo PEPE3A de 26,2% e 60,7%, sem diferença significativa (P>0,05). A taxa de prenhez à IATF para o protocolo OVSYNCH+P4 foi de 46,7% e para o PEPE de 30,1%, com significativa diferença (P<0,05), a taxa de prenhez final foi de 80,0% para OVSYNCH+P4 e 68,4% para PEPE, sem diferença significativa (P>0,05). Os resultados dos grupos OVS2A, OVS3A, PEPE2A e PEPE3A demonstram que as idades de dois e três anos não exerceram influência sobre a taxa de prenhez à IATF e final em novilhas de corte. O protocolo OVSYNCH+P4 foi significativamente superior que o protocolo PEPE para prenhez à IATF. A taxa de prenhez final, após o repasse com touros, não apresentou diferença, sugerindo que touros podem compensar a menor resposta reprodutiva à IATF.

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ISSN:1679-5237