QUALIDADE DE VIDA NO BAIRRO PARQUE SÃO PEDRO DE JI-PARANÁ/RO

Juliano Ferreira de Carvalho, Danilo Pereira Escudero, Antônio Vagner Balbino de Oliveira, Luiz Felipe Duarte da Cruz, Jania Maria de Paula

Resumo


O trabalho é o resultado da pesquisa desenvolvida para a disciplina de Geografia no curso Técnico em Informática do Instituto Federal de Rondônia, Campus Ji-Paraná. O objetivo foi analisar a qualidade de vida da população moradora do bairro Parque São Pedro, em Ji-Paraná. Para a coleta de dados aplicamos questionário fechado a um universo de 25 entrevistados num bairro com população aproximada de 2.700 pessoas. Para este trabalho, escolhemos três indicadores da qualidade de vida da população em questão: renda média familiar, os produtos eletroeletrônicos que a família tem acesso e o tipo de transporte utilizado por ela, isto porque a utilização dos dois últimos indicadores está diretamente relacionada ao primeiro. O bairro surgiu no ano de 1988, a partir de uma invasão e com mais de 20 anos de existência, continua sendo caracterizado como área periférica da cidade. Sua população se caracteriza como de baixa renda, 59% dos entrevistados afirmou ter renda média mensal entre um e dois salários mínimos e 27% renda de até três mínimos mensais. Os baixos rendimentos explicam o acesso (limitado) da população aos produtos eletroeletrônicos. Quando questionados sobre quais produtos eletroeletrônicos possuíam em casa, os bens mais comuns foram geladeira e telefone móvel encontrados nas respostas de 22 entrevistados; o televisor com antena interna foi resposta de 19 pessoas que afirmaram possuí-lo. Apenas 2 entrevistados afirmaram possuir telefone fixo e 3 disseram ter acesso a computador com internet em casa. Os bens mais simples como geladeira e telefone móvel são comuns em populações de baixa renda, configuram como bens mínimos para qualidade de vida. O aparelho celular para essas populações representou, nos últimos anos, o acesso mínimo à comunicação e, mesmo nas demais classes sociais, tem cada vez mais, ocupado o espaço do telefone fixo que condiciona seu uso ao pagamento de tarifas mensais. A utilização de telefones celulares pré-pagos se adapta às possibilidades financeiras das famílias de baixa renda e segundo a pesquisa nacional por amostra de domicílios PNAD em 2008 38,6 milhões de brasileiros tinham, neste ano, o celular como o único telefone para o uso pessoal. Quanto ao acesso à rede mundial de computadores em domicílio próprio, os resultados levantados no bairro demonstram inexpressividades de uso. Relacionados diretamente com a renda vêm ao encontro dos resultados da PNAD/2008 que afirma ser o Norte uma das regiões de menor acesso à internet em domicílio com apenas 27,5% do universo entrevistado. Questionados sobre os meios de transporte que a família utiliza 10 dos entrevistados responderam a bicicleta, 8 responderam utilizar o transporte coletivo e 8 afirmaram possuir veículo próprio (moto), 4 dos entrevistados ainda alegaram andar a pé. Estes dados demonstram a grande dificuldade que a população do bairro encontra em se locomover, pois não há na cidade ciclovias, tampouco políticas públicas que protejam o ciclista. A cidade possui um precário sistema de transporte coletivo que atinge pequena parcela dos bairros existentes, restando à população, alternativas como andar a pé ou sacrificar alguma necessidade básica para adquirir um meio de transporte próprio, neste caso, o mais acessível é a motocicleta. Concluímos que a qualidade de vida da população do bairro pesquisado é baixa e exige do poder público maior atenção e implantação de políticas que venham ao encontro de suas necessidades básicas ainda não resolvidas.

 

Palavras-chaves: Qualidade de vida. Eletroeletrônicos. Meios de transporte.


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