SUPLEMENTAÇÃO DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE CAFEÍNA NO DESEMPENHO FÍSICO DE RATOS SUBMETIDOS À NATAÇÃO.
Resumo
Suplementos nutricionais têm sido utilizados para retardar a fadiga e aumentar o poder contrátil do músculo esquelético e/ou cardíaco. Nesse sentido, documenta-se há muitos séculos o consumo de cafeína visando efeitos estimulantes, no entanto, sua utilização por atletas visando melhorar o desempenho físico é mais recente. Essa droga é eficientemente absorvida quando administrada via oral atingindo a sua concentração máxima na corrente sanguínea de 15 a 20 minutos após sua ingestão, produzindo efeitos sobre a capacidade de alerta e redução da fadiga, melhorando assim o desempenho nas atividades que requerem maior vigilância. Por outro lado, quando consumida em doses muito elevadas, acima de 8mg/kg, pode ter efeito contrário, afetando o controle motor e causando irritabilidade e ansiedade. Desse modo, esse estudo objetivou identificar os efeitos agudos da suplementação de 8 e 16mg de cafeína/kg no desempenho de ratos submetidos a uma sessão de exercício até a exaustão. Com esse propósito, selecionou-se 24 ratos Wistar machos adultos sedentários (174,86+8,26g), que foram divididos de forma aleatória em um grupo controle para o qual foi administrada água e em dois grupos para os quais foi administrada cafeína por entubação gástrica nas doses de 8 e 16mg cafeína/kg com 30 minutos de antecedência ao início do experimento. Após, os animais foram submetidos a uma sessão de natação em aquário com 60 cm de profundidade e água a 28°C, com uma sobrecarga de chumbo equivalente a 7,5% do seu peso, até a exaustão (ponto em que o rato se mostrava praticamente incapaz de chegar à superfície da água para respirar). Então, comparou-se o tempo máximo de natação entre os grupos e analisou-se os resultados utilizando-se Análise de Variância de uma via, adotando-se o nível de significância de 5%. Nesse sentido, constatou-se que, embora estudos anteriores demonstrem um efeito positivo da suplementação de cafeína sobre o desempenho físico, no presente experimento não identificou-se diferença significativa entre os grupos, fato esse que pode ser possivelmente atribuído à intensidade do exercício, uma vez que outros estudos demonstram um efeito ergogênico na capacidade da cafeína melhorar o desempenho em exercícios de longa duração e intensidade moderada e não em intensidades altas como as utilizadas no presente experimento. Sendo assim, pretende-se realizar estudos posteriores para averiguar o efeito da suplementação de cafeína em diferentes volumes e intensidades de exercício.
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