A BRINCADEIRA E O PROCESSO EDUCACIONAL: UM OLHAR DA COMUNIDADE ESCOLAR

Camila Ribeiro Lima, Glauber Bedini de Jesus

Resumo


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Atualmente, é possível verificarmos em diversas literaturas a importância dada à brincadeira na vida das crianças, seja no seu desenvolvimento educacional, cultural ou social. Apesar do discurso dessa importância ser muito comum junto dos professores na escola, será que o mesmo encontra ressonância em toda a comunidade escolar? Quanto os pais, funcionários, alunos e gestores, atores tão importantes no processo de desenvolvimento das ações educativas, compreendem a importância do brincar nesse processo? Assim, o objetivo do presente estudo foi verificar o posicionamento da comunidade escolar a respeito da importância da brincadeira no processo educacional. Para tanto, utilizamos a aplicação de questionários com questões abertas em 15 indivíduos da comunidade escolar e que foram posteriormente analisados de forma qualitativa. Dos 15 participantes, quando questionados sobre o que é a brincadeira, pudemos perceber que nove apontaram características importantes e que são tratadas por diversos autores que estudam o tema e suas possibilidades; dentre essas, destacamos a importância e a presença do lúdico, a possibilidade da liberdade e a gratuidade da atividade, assim como a diversão e o uso da criatividade. Os outros seis participantes, apontaram a brincadeira como uma atividade caracterizada apenas por ser realizada por crianças e com o objetivo de “se divertir”. Quando solicitados a falarem da possível importância da brincadeira como elemento a ser desenvolvido na escola, todos responderam afirmativamente à questão, alegando que através dela se trabalha a responsabilidade, a disciplina, a criatividade, a coordenação motora, facilitando o aprendizado dos alunos: destes serem espontâneos, a “liberar mais as suas emoções”, a “perder a timidez em frente as pessoas” e a interagir com os outros. Curiosamente, todos os participantes da pesquisa afirmaram terem na infância, a brincadeira como um elemento presente na escola, ou seja, todos disseram que costumavam brincar na escola quando crianças, porém, vale ressaltar que muitos deles disseram que o único espaço para tal prática se dava única e exclusivamente nos horários de intervalo, as aulas não proporcionavam tal momento. Dentre as brincadeiras realizadas por eles e que estes entendiam como interessantes, podemos apontar o esconde-esconde, o jogo de betes (taco), o lenço atrás, o pega-pega, o pique no alto, o vôlei, a brincadeira com a boneca de milho, a perna de pau, a peteca e a amarelinha. Dessa forma, pudemos verificar que a comunidade escolar entende a brincadeira como elemento importante no desenvolvimento da criança e vê a escola como um local importante para a realização de tal atividade. Um ponto a ser levantado diz respeito a experiência que os participantes tiveram com as brincadeiras, talvez essa importância encarada por eles se deu pelo fato destes terem vivenciado tais atividades quando crianças, trazendo assim essas vivências para o âmbito escolar, porém vale o questionamento: Como será que estes entendem as possibilidades de trato das brincadeiras na escola? De que maneira essas podem ser desenvolvidas? E em que momentos e espaços elas podem acontecer? Esperamos que a importância do brincar, esteja não só nos discursos da escola como também no desenvolvimento de um aluno mais humanizado, que se expressa com liberdade, que se movimenta criativamente e que aprende com seus parceiros em toda sua vida escolar.

Palavras-chave: Brincadeira. Comunidade escolar. Escola.

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