Considerações acerca da hermenêutica filosófica
Resumo
O artigo, após enfrentar o desenvolvimento histórico da hermenêutica filosófica, a partir de seus precursores, como Dilthey, ao estabelecer a diferença entre o método de conhecimento fundado na explicação, aplicável às ciências da natureza, e o método da compreensão, e Emilio Betti, que pretendeu distinguir os diferentes modos de interpretação das disciplinas, mas não logrou superar o processo de imobilismo entre sujeito x objeto, deságua no estudo da hermenêutica fenomenológica de Gadamer e da hermenêutica crítica de Habermas. Contrapondo essas duas correntes, enquanto o primeiro influencia os fundamentos de uma nova concepção de razão, conectada com a produção da linguagem, base em sua existência em termos concretos, históricos, constantemente dependentes das circunstâncias dadas em que opera; o segundo propõe, superando, pois, o critério em aberto quanto ao falso e verdadeiro não claramente estabelecido em Gadamer, um modelo comunicativo de ação – a pragmática universal – a exigir um consenso sobre o que é dito, ajustando-se os planos de ação e as atividades teleológicas dos participantes, de forma interativa, com destaque para a natureza política da compreensão e da produção do conhecimento.
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