O Plano Nacional de Juventude como diretriz para a gestão da pobreza

Karla Saraiva, Clarice Antunes Nascimento

Resumo


O artigo problematiza a minuta de atualização de 2018 do Plano Nacional de Juventude (PNJ), que foi apresentado originalmente como o Projeto de Lei n.4530/2004. Apesar da minuta ser de 2018, em que a orientação política do Governo brasileiro já havia mudado, é possível afirmar que ela mantém os fundamentos do PNJ original. A análise, desenvolvida com base nos estudos de Michel Foucault e seus desdobramentos, mostra que o PNJ se constitui como tecnologia de condução das condutas da juventude articulando governamentalidade democrática, por meio do incentivo à participação política e ao reconhecimento de direitos sociais, com governamentalidade neoliberal, ao investir no empreendedorismo e na financeirização. Esta governamentalidade democrática neoliberal funciona como uma estratégia de gestão da pobreza, governando as juventudes em situação de vulnerabilidade.

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DOI: https://doi.org/10.4322/2358-0801.2022.24.60-15

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